Em meio a abraços, lágrimas, beijos, congratulações, mais abraços, tudo que eu queria na verdade era ficar sozinha. Olhar para as paredes, para meus amigos, professores, pais me fazia lembrar que era a última vez, a última vez que eu correria por aqueles corredores, a última vez que eu sentaria no quinto degrau da escada (meu lugar favorito pra comer o lanche), a última vez que eu veria o garoto que fez meu coração bater nos últimos nove anos, a última vez que eu o veria caminhar com seus fiéis companheiros sorrindo e me pegaria imaginando nós dois velhinhos, sentados a beira -mar, a última vez que a vida estava acontecendo exatamente daquela maneira, por que agora, cada um tomaria seu rumo no sentido que a vida quisesse conduzir e talvez, só talvez a vida não os conduzisse para junto da minha vida.
No fim não pude deixar de chorar, de alegria pela etapa de vida concluída e, de tristeza pelas minhas últimas coisas da infância. E, foi nesse momento que eu percebi: EU CRESCI. Nada mais seria como antes, toda a minha rotina mudaria quando as portas se fechassem as minhas costas. E assim se fez, acabou. Mas antes que tudo se desfizesse em um abrir e fechar de olhos o garoto que fez meu coração bater por tanto tempo me sorriu pela primeira vez, me viu e com a voz que eu tanto quis ouvir falou: A gente se vê por ai. E meu coração ainda bateu do mesmo jeito e, cheguei a conclusão de que tem coisas que nunca mudam.
Fechei os olhos e torci pra que a vida tratasse de fazer valer o nosso encontro, não agora, não hoje e nem amanhã, mas um dia, ao acaso.
Eu me senti da mesma maneira! Na verdade senti mil coisas em tão pouco tempo hehehe! Mas é incrível ver como, lentamente, tudo vai se encaixando na vida.
ResponderExcluirAdorei o blog! Tô seguindo!
Bjs!
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